19 de março de 2012

Você (Se Lembra Das Minhas Palavras?) - Pequenos textos em um Blog

"Não há razão pra te escrever
Perdi a razão ao encontrar você
E as minhas palavras se misturam
Num mar de falsas canções" (Fresno - Desde Quando Você Se Foi)
Http_3a_2f_2fmeme.zenfs.com_2fu_2faaf4c32afd74ecee843b8b592f6c423ea9b35d0d_large 
Ah, quanto tempo não escrevo. Minhas palavras ficaram escassas depois do tempo as ter engolido. Talvez se eu voltasse a amar alguém, voltasse a crer que exista um outro fim para esse coração flagelado além de cuspir palavras idiotas.
Lembro ainda pela madrugada, não senti mais as palavras. Eu fiquei lá observando o dia raiar, querendo que elas voltassem a me abraçar. As vigiava todos os dias, para eu poder me expressar entre favelas dos meus flagelos.
Mas não, elas decidiram viajar por um bom tempo sem me avisar. Não fora por raiva, inveja ou tristeza. Fora apenas uma fuga sem sentido para um lugar sem destino. Era preciso descansar depois de tanto tempo sendo mal usadas por mim.
De certo agora que voltaram, vão me fazer sofrer novamente. Me chicotear pelo meu próprio pessimismo, me flagelar pela realidade e ser leal infinitamente à felicidade dos outros. Cansados dias eu passei colando olhares e sorrisos no meu rosto, mesmo quando o que eu queria era enfiar lágrimas no meu peito.
Ah, bote no seu jornal: "Procura-se uma idiota que procure um retardado mental. Para ter contato com ele, o procure na rua da tristeza, irá encontrá-lo rápido. Ele estará com flores numa das mãos, e na outra o seu coração"
É, eu sei como a vida é cruel, você consegue se lembrar das minhas palavras em um papel? Pois é. Se você consegue se lembrar, você deve ter percebido como eu tinha agido depois de lhe passar aqueles meus sentimentos. Eu fugia o olhar, tentava não te escutar, até com meus amigos eu tentava me calar.
Malditas palavras não me salvaram quando você me deixou. Mesmo sendo por uma conversa de MSN, aquilo ficou como um amargo e profundo flagelo na alma. Sabe, as canções que faço continua sendo pra mesma destinatária. Você.
Você mesma. Aquela que encontro quase todos os dias no colégio, que vejo voltando pra casa adiantada de todo mundo, aquela que está perto mas ao mesmo tempo longe. Aquela que eu vejo toda vez que olho pra trás, pro meu passado e vejo o meu erro.

Este texto foi publicado originalmente em Pequenos textos em um blog, e postado aqui com a devida permissão.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Muito obrigada pela participação!
Em breve te responderemos!
Deixa o link do seu blog para eu te seguir, caso você me siga!
Ficarei muito feliz com sua participação!
Obrigada, Equipe S.Q.T.A