A palavra é: amor, depois da confusão ~ Capítulo I

Ontem, quando saí da festa, já inconformada com tudo que  aconteceu, me peguei pensando em nós e no passado. E me veio a certeza de que, quando nos conhecemos, e nos falamos pela primeira vez, eu nem imaginava que tudo iria acontecer, mas presumo que foi algo bom, e sensível. Mas, foi assim que tudo aconteceu.

 - Oi Carl. -  de Carlos, um apelido carinhoso, e único, só meu.
 - Hm, você, Oi pezinho.
Pezinho era o apelido dele, nada carinhoso comigo, deu-se por causa do escândalo que eu fiz após virar meu pé, e quase cair, sorte que Carl estava lá pra me segurar.
 - Você sabe que eu não gosto que me chame Carl, Mia. É Carlos.
 - E daí Carl?, ops, Carlos. Você sabe que eu nem quero falar com você.
 - E porque fala?
 - Porque... porque... bom, porque é bom te atentar.
 - Por favor, você é uma criança. Me erra bebêzinho.

Esse bebêzinho poderia ser levado nesta frase, como um apelido bom, mas, como ele falou, ignorante e estúpido, não era um jeito carinhoso de falar comigo. Não mesmo.

 - Mia, porque você faz isso, você não se liga? Ele não quer nada com você.
Disse minha melhor amiga, Rebecca.
 - E eu não quero nada com ele.
 - E porque continua mexendo com ele?
 - Eu acho que você gosta dele!
 - O quê?? Miiiiiiiiiiiiiiiia! Por favor, não mude de assunto.
 - Oras, bem que ele disse, sou realmente uma criança.

Agora, é quando tudo acontece. Juro que nem pensei direito.

 -  Mia?
 Olhando pra trás:  - Carlos?
E ele me tasca um beijo! O melhor beijo que me aconteceu. Sim, foi o único, mas, foi perfeito demais.
Ele ergueu sua mão, passou por todo meu rosto. Sua mão era tão lisa, tão macia. E foi se aproximando. Minha barriga roncava, meu coração estava disparado: meu deus, e agora? E ele continuou fazendo carinho,  me puxou para perto, senti meu coração pular ...

[ continua amanhã ]