23 de setembro de 2012

Não tem título, o que eu sinto por você


E nem era pra tudo isso continuar, não era pra se envolver, mas a ligação ficou forte e agora tá meio tarde pra dizer adeus, sem saber porque. Nem há dez mil anos eu imaginaria que um dia os nossos caminhos se cruzariam de volta. Destino.. ah, ele sim é o culpado.Você me fez juras de amor, me prometeu a lua, que iria cuidar de mim pra sempre, mas você sumiu, e nunca mais a gente quis se "ter". E nunca mais a gente se teve. E agora, saímos escondido, planejamos momentos, e na verdade, tudo era pra ser só momentâneo. Na real, tudo que você quer, é a única coisa que eu nunca te dei, mas na verdade, você corre sérios riscos de se prender a mim.. sei lá, só acho.
O que era pra ser apenas um beijos de "oi, vamos ficar, que seja" torna-se uma aventura, e mesmo não podendo demorar, eu deixo, me envolvo, me perco. "Entra" você diz. E mesmo sentindo o meu coração vibrar, batendo a mil por hora, eu vou. Eu entro. Que selinho foi aquele? Ficantes normais não dão selinhos. Você pisa no acelerador, acelerando ao máximo. E eu sinto meu coração se acalmar, com você, eu apenas sinto calma. Eu sinto tanto, com você.
E no carro, a gente fala demais. Só que em silêncio. Palavras não tem vez, não tem porque. Aquela blusa... eu costumava usar nos dias de frio, pra sentir seu cheirinho. Tanto tempo passou, e eu lembro perfeitamente daquela blusa. Que louco pensar nisso. Nostalgia. Saudade. Desespero.Aquela rua já nos pertenceu, por muitas vezes foi nosso caminho pra namorar. Pra beijar. E os buracos? Ah, continuam os mesmos. Você quis virar, e eu pedi por mais. Você cedeu. Subiu. Desceu. Parou. Sabíamos que era nosso momento, e você me beijou, encostou sua mão gelada em mim, e eu cedi. Silêncio. Papos. Saudade. Receio. Vontade. Paramos pra não continuar, pra apagar. Mas eu tomei iniciativa, e te beijei, com vontade. Com desejo. "Que olho horrível". Era mentira. "Seu olho azul não me deixou dormir, mergulhada nos meus sonhos, eu sempre andei sozinha ♪"- Felipe Smu (com minhas alterações). Chega. Acabou. Você liga o carro, "tá na hora de voltar, baby".
O carro  sobe. E do nada, você pega na minha mão, e eu sinto a sua morna, quase gelada, levemente me arrepia. Um calor toma conta de mim. E quando eu menos vejo, você entrelaça seus enormes dedos aos meus, e eu congelo. O que eu faço agora? Você entendeu, eu disse pra você não fazer isso.. "Cuidado"! Hey, você prometeu não se apaixonar. Prometeu não me envolver."Desce". O carro desce naquela rua cheia de cachorros feios, de rua. Enquanto isso você segura minha mão, e a ergue, fazendo carinho, tímido, fofo, incrível. E por um breve instante você quase a ergue na sua boca, você iria beijar minha mão? Já era, você a solta. "Segue reto, me deixa ali".
O carro vai indo, na direção certa, ao som de alguma música que eu não faço ideia qual era. "Chegamos". Eu pego minhas coisas, olho pra você. Sorrio, triste. Tchau, até mais. E vou até seus lábios, dizer "adeus", um adeus, pra "mais breve". Você responde alguma coisa que eu não lembro. Eu abro a porta, e saio.E por instinto, olho novamente pra você, não tinha mais nenhum carro, você podia virar e ir embora, mas, continua a me olhar, por trás. E eu sinto vontade de voltar lá, e sair com você, ficar no seu mundo. Mas eu não posso. "Vá, logo". E eu continuo olhando pra frente, até virar a esquina e pensar "bem vinda ao mundo real". O que isso resultou? Numa longa noite, pensando no quanto você mexe comigo, no quanto sou ligada a você, e no quanto a gente precisa não se ver nunca mais.

Conto de fadas não existe. Eu e você? Bem, nós não somos conto de fadas...



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Muito obrigada pela participação!
Em breve te responderemos!
Deixa o link do seu blog para eu te seguir, caso você me siga!
Ficarei muito feliz com sua participação!
Obrigada, Equipe S.Q.T.A